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manuel antónio pina

Eu não procuro nada em ti,
nem a mim próprio, é algo em ti
que procura algo em ti
no labirinto dos meus pensamentos.

Eu estou entre ti e ti,
a minha vida, os meus sentidos
(principalmente os meus sentidos)
toldam de sombras o teu rosto.

O meu rosto não reflecte a tua imagem
o meu silêncio não te deixa falar,
o meu corpo não deixa que se juntem
as partes dispersas de ti em mim.

Eu sou talvez
aquele que procuras,
e as minhas dúvidas a tua voz
chamando do fundo do meu coração.

4 comentários:

  1. tão bom… … saudades dele.

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  2. É não é? E tenho lá em casa um livro de poemas editado pela Assírio e Alvim tão bonito!!!
    Vale a pena comprar jl :-))))))))
    bjs

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  3. a poesia reunida em "todas as palavras"? esse tenho ;)

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