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joão bénard da costa

Apaixonei-me por Alida Valli quando me curei da minha paixão por Esther Williams. Por muito estranho que pareça, assim foi. E foi a segunda vez (a terceira, se incluir inconsciências de que só muito mais tarde tive consciência) que mulher foi melhor e que nela todo inteiro me despenhei. O meu desejo era tão ardente quanto mais de assumia por impossível. Saciá-lo era pecado contra o meu espírito e a natureza dela. Nessa altura, não sonhava transgredir tanto. Era novo de mais na terra e na carne. Se um duende, maligno ou benigno, me viesse profetizar que um dia lhe seguraria no pulso e lhe fecharia os olhos, respondia-lhe que não abusasse da minha tendência para excessos imaginativos. E se o dito espírito acrescentasse que isso só não aconteceria por recusa ou impotência minha, mais nomes violentos lhe teria chamado.

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