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Anna e Marina

Anna Akhmátova:

A verdadeira ternura
não se confunde com mais nada.
E é silêncio.
Em vão, solícito, me cobres os ombros com peles.

E em vão, humilde, me falas do primeiro amor.
Ah, como eu conheço os teus olhares ardentes,
                 incessantes.


Marina Tsvétaieva:

De onde vem esta ternura?
Não são os teus primeiros cabelos
Que afago, e já conheci lábios
Mais sombrios do que os teus lábios.

Brilharam estrelas, depois ficaram pálidas
(de onde vem esta ternura?),
brilharam olhos, tão perto dos meus olhos,
depois, quase se apagaram.

Melhores cantos que estes
ouvi eu no coração da noite
(de onde vem esta ternura?)
gravados no peito do cantor.

de onde vem esta ternura?
E que fazer com ela, ó tu,
o astucioso, o estrangeiro de passagem?
E as tuas pestanas, as mais longas que já vi?

E Cantou Como Canta A Tempestade
Anna Akhmátova
Marina Tsvétaieva
Assírio e Alvim

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