Este caminho que percorro,
e não conheço:
este caminho acidentado
que não sei porque mereço.
Percorro-o não sabendo para onde vou,
Percorro-o não sabendo bem quem sou.
Não sei onde me levará,
Nem sei onde acabará.
O que faço?
Estou perdido como sempre
Porque nesta estrada da vida
Não posso voltar atrás,
Tenho medo de ir em frente
Mas o mais triste desta viagem
É ter de a percorrer sozinho.
Alexandre O'Neill
a verdade é essa ars, não nos iludamos, somos todos solitários peregrinos que no caminho nos encontramos e despedimos, para voltar a encontrar e a despedir... mas somos tantos que os encontros são infinitos... e o maravilhoso é não sabermos de onde vimos nem para onde vamos... tudo em suspenso... e e e... adoro a fotografia! (como sempre)
ResponderEliminaré isso mesmo, tudo em suspenso!
ResponderEliminarbj grande
Poema belíssimo.
ResponderEliminarA fotografia sendo a preto e branco e abstracta ajuda-nos a imaginarmos e criarmos as nossas próprias cores e figurações para as palavras do poeta.
João, o poema é lindo!
ResponderEliminarAchei que esta fotografia encaixava bem aqui :-)
uma grande grande fotografia - ilustração perfeita para o poema
ResponderEliminar(e quem sabe se o o'neill não estava a pensar na calçada portuguesa quando escreveu 'caminho acidentado'?)
jl, obrigado por gostar da fotografia!
ResponderEliminarOs nossos caminhos ás vezes são acidentados...